domingo, 27 de julho de 2025

HORÁRIO DE VERÃO PODE VOLTAR NESTE ANO

O Ministério de Minas e Energia (MME) estuda o retorno do Horário de Verão para o ano de 2025. “O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) segue monitorando o sistema elétrico, subsidiando as autoridades com informações atualizadas para fins da decisão mais adequada”, diz o ministério, em nota encaminhada à imprensa. “A análise de 2025 busca avaliar os resultados dos estudos prospectivos ligados ao atendimento do pico de demanda de energia, para suprir a carga de forma coordenada, considerando o comportamento da geração das usinas solares e fotovoltaicas”. Extinto desde 2019, um dos principais objetivos do horário de verão é contribuir para a redução do consumo de energia elétrica. As entidades já começaram uma campanha a favor da medida.
A decisão, no entanto, só deve sair no mês de setembro. A discussão, como sempre, promete. No ano passado, apesar da polêmica, o governo federal decidiu não implantar o horário de verão.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu interromper o horário de verão após 88 anos de aplicação, entre idas e vindas. O horário de verão consistia em adiantar o relógio em uma hora a partir da zero hora do primeiro domingo de novembro até a zero hora do terceiro domingo de fevereiro, de acordo com o Decreto nº 6.558, de 2008. Para retomar o horário padrão, bastava atrasar o relógio em uma hora.
Em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, no dia 14 de julho, o diretor- geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Márcio Rea, defendeu a volta do horário de verão. O horário de maior demanda de energia — final da tarde e início da noite — é justamente o momento em que as fontes de energia solar não tem mais eficiência. A decisão final, no entanto, é política, e passa pelo Ministério de Minas e Energia e, em última instância, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo estudo do ano passado, a adoção do horário de verão pode resultar em uma diminuição até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica, e em uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) apenas entre os meses de outubro e fevereiro. A estimativa consta de uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Texto e foto: reprodução/Bem Paraná, com edição NH Notícias